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JOIAS PRECIOSAS
JOIAS PRECIOSAS

 

Uma antiga lenda narra que um rabi, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família. Esposa admirável e dois filhos queridos. Certa vez, por imperativos da religião, o rabi empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias.

Ele era portador de insuficiência cardíaca. Ela orava por ele. Rogou a Deus auxílio para resolver uma difícil questão. Alguns dias depois, num final de tarde, o rabi retornou ao lar. Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos. Ela lhe disse para tomar o seu banho e para não se preocupar com eles naquele momento.

Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. Ela lhe perguntou sobre a viagem, porém ele queria saber dos filhos. A esposa, respondeu ao marido: deixe os meninos, creio que eles estão bem. Eu, porém, estou com um problema que considero grave e quero que me ajude a resolver.

O marido, já um pouco preocupado perguntou: o que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.

– Há algum tempo uma pessoa conhecida visitou-me e pediu para que guardasse e cuidasse de duas joias de valor incalculável. São joias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo! O problema é esse! Enquanto você esteve ausente essa pessoa veio buscá-las e eu não quis devolvê-las, eu relutei em devolvê-las, pois já me afeiçoei muito ás essas joias tão preciosas.

É que nunca havia tido joias PRECIOSAS assim! Tão lindas e maravilhosas! Nesse período que essas joias estiveram aqui em casa eu cuidei delas com todo zelo e procurei tomar todo o cuidado para que não perdessem o seu brilho e seu valor. Eram especiais, porém nunca falei pra você de quão valiosas são essas joias. O que você me diz?

– Podem até ser, mas não lhe pertencem, são emprestadas! Terá que devolvê-las.

– Mas querido, ao ter essas joias neste curto tempo aqui em casa, pude perceber como realmente elas são raras e porque ganharam o nome de pedras preciosas, pois além da beleza elas conseguiram me cativar, aprendi a amá-las, por isso está sendo difícil devolvê-las!

– Ora mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades! Por que isso agora?

Porque só quando se possui uma joia preciosa e que se entende o valor dela, por isso é que está sendo tão difícil aceitar a ideia de perdê-las pra sempre, mesmo sabendo que não são minhas, que são emprestadas, me afeiçoei a elas e me dói saber que não poderei mais olhá-las, tocá-las ou mesmo apreciar a sua beleza.

E o rabi respondeu com firmeza: ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo.

– Venha querida! Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Faremos isso juntos. Essa devolução deve ser feita.

– Que bom que você compreendeu meu querido e que vai me ajudar, pois pra mim estava sendo uma tarefa muito difícil à devolução dessas joias tão maravilhosas.

– Na verdade o tesouro já foi devolvido, mesmo eu relutando em devolver, o tesouro foi levado, pois como você mesmo disse, eu tive que entender que esse tesouro era emprestado, não era meu.

– É que essas joias tão preciosas, na verdade, eram os nossos dois filhos amados. No período em que você estava ausente, um grave acidente provocou a morte deles. Deus os confiou à nossa guarda, mas Ele veio buscá-los durante a sua viagem. Infelizmente eles se foram. Senti o coração dilacerado de dor.

No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, mesmo com muita dor no coração suportei o choque com bravura. Todavia, não lhe avisei antes, pois uma preocupação me vinha à mente: Como eu daria essa triste notícia a você? Visto que nem todas as pessoas tem a sensibilidade de preparar o outro para receber esse tipo de má notícia, temi de lhe avisar, pois, por ser portador de insuficiência cardíaca tive medo de perdê-lo também.

O rabi compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos choram muito. Sem revolta e nem desespero. Eles compreenderam que os filhos são joias preciosas que o Criador confiou aos pais. Entrega-lhes uma joia bruta a fim de que os mesmos os ajudem a tornarem-se joias raras, valiosas, puras, dignas e corretas em suas ações.

Entenderam que missão dos pais é ajudar seus filhos a serem pessoas virtuosas e de bom caráter. Assim, quando chegar o tempo de devolvê-los, não terão reprovação na consciência de haverem cometido uma falta; e nem arrependimento por não terem usado de disciplina ou estabelecido regras, dentre elas terem dito “não”.

Sabem que todos os pais, um dia, prestarão contas ao Criador. E quão maravilhoso será poder apresentar joias belas, lapidadas e valiosas ao invés de joias falsificadas, enferrujadas, quebradas ou até mesmo imprestáveis. (autor desconhecido)

 

PARA REFLETIR

 

Os Filhos são confiados aos cuidados dos pais por Deus, são lhes entregues como um precioso depósito, o qual Deus requererá um dia de suas mãos. Por isso os pais devem dedicar à sua educação, mais tempo, mais cuidado e mais oração e direção de Deus quando preciso.

Infelizmente uma boa parte dos filhos que veem ao mundo, quando crescem vivem nos seus próprios caminhos, ou porque seus pais falharam no ensino ou porque decidiram tomar as suas próprias decisões e seguir o seu destino.

Deus deu aos pais toda a autoridade necessária para a educação dos filhos, que começa desde o seu nascimento. Portanto, toda casa, para progredir deve ter regras próprias. Essa função é dada aos pais para definir as leis da casa e torná-las conhecidas dos filhos, não como imposição, mas como orientação, e os filhos devem segui-las totalmente para seu próprio bem, pois os filhos que desonram e desobedecem aos pais e não levam em conta seus conselhos e instruções sofrerão as consequências da desobediência.

O livro de 1 Samuel no capítulo 2 relata que Eli era sacerdote, juiz e pai em Israel. Como sacerdote e juiz, Eli ocupava as mais altas posições e responsabilidades diante de Israel. Nestas funções, ele era olhado como exemplo e exercia grande influência sobre as tribos de Israel. 

Mas como pai Eli tinha sérios problemas. Ele não governava bem a sua casa: Era um pai transigente, em vez de contender com seus filhos ou castigá-los, submetia-se às suas vontades e os deixava seguir seu próprio caminho. Não corrigia os maus hábitos e paixões erradas de seus filhos. Por comodidade, considerou a educação de seus filhos como algo de pouca importância.

No governo da família Eli não dirigiu sua casa segundo as regras de Deus, seguiu seu próprio juízo. Ele não considerou as faltas e os pecados de seus filhos em sua meninice, pois acreditava nos seus pensamentos que após algum tempo eles perderiam suas más tendências.

Muitos pais hoje estão a cometer erro semelhante. Julgam que conhecem um meio melhor para educar os filhos. Não procuram a sabedoria de Deus através de Sua Santa Palavra. Esperam que os filhos fiquem mais velhos, para que assim possam entendê-los. Mas educação começa desde o berço. Se não corrigir desde pequeno, os maus hábitos dos filhos serão fortalecidos e gerarão uma segunda natureza.

Infelizmente, muitos geram um mau caráter (mentiras, traição, manipulação, falta de palavra, violência, desonestidade, impaciência, falso orgulho, ressentimento, não assume as próprias responsabilidades e transfere a culpa para outras pessoas, etc). Os filhos crescem sem sujeição e esses traços deficientes do caráter são para eles uma maldição por toda a vida.

Por causa da negligência de Eli, seus filhos não seguiram o caminho que deveriam ter seguido. O final para Eli foi muito triste. Quando soube da morte de seus filhos e do desaparecimento da Arca de Deus, foi tão grande o susto que ele levou que caiu de uma cadeira, quebrou o pescoço e morreu.

Os filhos são entregues aos seus pais como um precioso depósito, o qual Deus requererá um dia de suas mãos. Devemos dedicar à sua educação mais tempo, mais cuidado e mais oração. Que legado nós deixaremos para nossos filhos?

Existem atos repetidos de comportamento dos pais que identificam comportamento desempenhado até de forma inconsciente, porém pode interferir tanto no ambiente social como familiar. Essa influência exercida pode fazer os filhos repetir os mesmos vícios, como também o modo comportamental em determinadas situações.

Deus tem que ser o centro de tudo. Os pais que aprenderem isso, não terão dificuldades com prioridades, tais como: família, trabalho, igreja, lazer e outros. Esses pais serão modelos, portanto instruirão corretamente seus filhos. Saberão que sua responsabilidade como pais é semear em seus filhos amor, alegria, paz, bondade, misericórdia, paciência e domínio próprio.

Entendendo que os filhos são a herança do Senhor que são confiados aos seus cuidados e vieram das mãos de Deus, por isso entendem o empréstimo, e que Deus espera, um dia, receber bons filhos de suas mãos, para viverem com Deus uma eternidade.

Compreender que o legado dos pais vai muito além de posses e boas lembranças, mas que o bom caráter é parte desse legado que se baseia nas verdades eternas as quais devem ser passadas de geração a geração e mesmo que filhos e netos possam se beneficiar de uma herança financeira, sem dúvidas a maior herança será conhecer a Deus, a sua paz, alegria e o seu amor e se beneficiar um dia das bênçãos espirituais na morada eterna com Deus.

Eis que os filhos são herança da parte do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. (SALMOS 127.3)