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Leitura Diária - MARCOS
Leitura Diária - MARCOS

       

 


(VERSÃO: BÍBLIA VIVA)

 

PLANO DE LEITURA DA BÍBLIA 

FEVEREIRO

 

 Gênesis

 Marcos

(capítulos 04 ao 16)

Ester

Lucas

Êxodo

 


MARCOS

 

Capítulo 4

1 - Mais uma vez uma imensa multidão ajuntou-se na praia ao redor de Jesus quando Ele estava ensinando, de tal maneira que Ele entrou num barco, sentou-Se e falava dali.

2 - Seu método costumeiro de ensinar era contar histórias ao povo. Uma delas era esta:

3 - "Ouçam! Um lavrador resolveu semear um pouco de grão. Enquanto ele o espalhava pelo campo,

4 - uma parte da semente caiu num caminho as aves vieram.

5, 6 - Uma parte caiu em solo raso, com pedras por baixo. Cresceu muito depressa, mas logo murchou debaixo do sol quente e morreu, porque as raizes não tinham alimentação.

7 - Outras sementes caíram entre espinhos, que cresceram depressa e sufocaram as plantas tenras, de modo que elas não produziram nenhum grão.

8 - Mas algumas das sementes caíram em terra boa e deram 30 vezes o que havia plantado - algumas delas até 60 ou 100 vezes tanto!

9 - Vocês têm ouvidos, ouçam!"

10 - Depois disso, quando ele estava sozinho com os Doze e com os outros seus discípulos, eles lhe perguntaram: "Que significa aquela história que contaste?"

11, 12 - Ele respondeu: "A vocês é permitido saber a respeito do Reino de Deus algumas verdades que os que estão fora do Reino não podem entender. Como diz o profeta Isaías: "Embora eles vejam e ouçam, não entenderão nem se voltarão para Deus, nem serão perdoados pelos seus pecados".

13 - Mas se vocês não podem entender esta ilustração simples, que farão com todas as outras que eu ainda vou contar?

14 - O lavrador sobre a qual falei e qualquer um que leva a mensagem de Deus aos outros, tentando plantar a boa semente na vida deles.

15 - O caminho duro, onde um pouco da semente caiu, representa o coração duro de alguns daqueles que ouvem a mensagem de Deus; Satanás vem imediatamene procurar fazer com que esqueçam tudo.

16 - A terra pedregosa representa o coração daqueles que ouvem a mensagem com alegria.

17 - Mas tal como plantas tenras num solo assim, as raízes deles não vão muito fundo, e embora a princípio andem bem, logo que começa a perseguição, eles murcham.

18 - A terra espinhosa representa o coração das pessoas que ouvem as Boas Novas e as recebem.

19 - Porém bem depressa chegam as atrações deste mundo, as delícias da riqueza, a busca do êxito, a sedução das coisas boas, e sufocam a mensagem de Deus no coração delas, de modo que não dão fruto nenhum.

20 - Mas a terra boa representa o coração daqueles que verdadeiramente aceitam a mensagem divina e dão uma colheita abundante para Deus - 30, 60, ou até mesmo 100 vezes tanto quanto foi plantado no coração deles".

21 - Então Jesus lhes perguntou: "Quando alguém acende uma lâmpada, põe uma caixa em cima dela para esconder a luz? Claro que não! Não se poderia ver nem utilizar a luz. Uma lâmpada, coloca-se em um pedestal, para brilhar e ser útil.

22 - Tudo quanto agora esta oculto, algum dia virá á luz.

23 - Se vocês têm ouvidos, aproveitem para ouvir!

24 - Mas tenham cuidado para pôr em prática o que ouvem. Quanto mais vocês fizerem isto, mais entenderão o que Eu lhes digo.

25 - Aquele que tem, receberá; daquele que não tem, será tirado o pouco que tiver.

26 - Esta é uma outra história para ilustrar com o que o Reino de Deus se parece: Um lavrador semeou o seu campo,

27 - E foi embora; enquanto os dias se passavam, as sementes cresceram sem ajuda dele,

28 - pois a terra fez as sementes crescerem. Primeiro, uma folha abriu o caminho, depois as espigas de trigo se formaram, e finalmente o grão amadureceu nas espigas.

29 - Então o lavrador veio imediatamente com a foice e o colheu".

30 - Jesus perguntou: "Como é que eu posso descrever o Reino de Deus? Que história usarei como ilustração?

31, 32 - É como uma semente de mostarda! Embora esta seja uma das sementes mais pequeninas, ainda assim cresce até tornar-se uma das maiores plantas, com ramos grandes, onde as aves podem fazer seus ninhos e abrigar-se".

33 - Ele usava muitas ilustrações assim para ensinar o povo, conforme eles estavam em condições de entender.

34 - Aliás, ao público Ele só ensinava por meio de ilustrações, mas depois, quando estava sozinho com os seus discípulos, Ele lhes explicava o que queria dizer.

35 - Quando caiu a tarde, Jesus disse ais seus discípulos: "Vamos atravessar para o outro lado do lago".

36 - Então eles foram, deixando a multidão, (embora outros barcos fossem atrás deles),

37 - Mas logo se levantou uma terrível tempestade. Ondas enormes começaram a rebentar dentro do barco, até que ele ficou quase cheio d`agua, prestes a afundar.

38 - Jesus estava dormindo na popa do barco com a cabeça numa almofada. Cheios de inquietações, eles O acordaram, bradando: "Mestre, nós estamos quase nos afogando, e o Senhor nem Se importa?"

39 - Então Ele repreendeu o vento e disse ao mar: "Aquiete-se"! O vento parou, e houve uma grande calma!

40 - Ele perguntou-lhes: "Por que vocês estavam com tanto medo? Vocês ainda não tem confiança nenhuma em Mim?"

41 - Eles ficaram cheios de espanto e diziam uns para os outros: "Quem é este homem, que até os ventos Lhe obedecem?"

 


Capítulo 5

1 e 2 - Quando eles chegaram ao outro lado do lago, um homem possesso de demônio veio correndo do cemitério, bem no momento em que Jesus estava saindo do barco.

3 e 4 - Este homem morava entre os túmulos, e tinha tal força que sempre que era preso com algemas e correntes, como muitas vezes aconteceu, quebrava as algemas dos pulsos, despedaçava as correntes, e ia embora. Ninguém tinha força suficiente para dominá-lo.

5 - O dia inteiro, e pela noite adentro, ele vagava entre os túmulos e nos montes desertos, gritando e cortando-se com pedaços agudos de pedra.

6 - Quando Jesus ainda estava longe, na água, o homem O viu e correu ao seu encontro, prostrando-se diante dEle.

7 e 8 - Então Jesus falou ao demônio que estava no homem e disse: "Saia, espírito mau". Ele deu um grito terrível e clamou: "Que vai fazer comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Pelo amor de Deus, não me maltrate!"

9 - "Qual é o seu nome?" perguntou Jesus, e o demônio respondeu: "Legião, porque há muitos de nós aqui neste homem".

10 - Então os demônios suplicavam-Lhe com insistência que os mandasse a alguma terra distante.

11 - Ora, aconteceu que havia uma grande quantidade de porcos ali por perto, no monte acima do lago.

12 - "Manda-nos para aqueles porcos", pediram os demônios,

13 - Jesus deu-lhes permissão. Então os espíritos maus saíram do homem e entraram nos porcos, e estes atiraram-se pelo precipício da encosta do monte e caíram dentro do lago, onde afogaram.

14 - Os que cuidavam dos porcos fugiram para os lugares e os campos próximos, espalhando a notícia enquanto corriam. Todos saíram correndo para ver por si mesmos.

15 - E uma grande multidão se reuniu logo onde Jesus estava; mas assim que viram o homem sentado ali, completamente vestido e perfeitamente são, ficavam com medo.

16 - Aqueles que viram o que tinha acontecido estavam contando aquilo a todos.

17 - E a multidão começou a insistir com Jesus que fosse embora, e os deixasse ir embora, e os deixasse em paz!

18 - Por isso Ele voltou para o barco. E o homem que tinha estado possesso dos demônios suplicou a Jesus que o deixasse ir com Ele.

19 - Mas Jesus disse que não. "Volte para o meio dos seus amigos", disse Ele, "e diga-lhes que coisas maravilhosas Deus fez por você; e como Ele foi misericordioso".

20 - Portanto o homem partiu a visitar as Dez Cidades daquela região, e começou a contar a todo mundo as grandes coisas que Jesus tinha feito por ele; e ficavam admirados.

21 - Quando Jesus tinha atravessado no barco para o outro lado do lago, uma enorme multidão ajuntou-se ao redor dEle na praia.

22 - O líder da sinagoga do lugar, chamado Jairo, veio e prostrou-se diante dEle,

23 - suplicando-Lhe que curasse a sua filhinha. "Ela está a ponto de morrer", dizia ele em desespero. "Por favor, venha pôr suas mãos sobre ela para que possa viver".

24 - Jesus foi com ele, e uma multidão seguiu tão de perto que quase O atropelava.

25 - Entre a multidão estava uma mulher que sofria durante doze anos de uma hemorragia.

26 - Havia consultado muitos médicos, e tinha gasto tanto com eles que ficou pobre sem ter melhorado; aliás, piorou.

27 - Ela tinha ouvio tudo sobre os maravilhosos milagres que Jesus fazia, e foi por isso que veio por trás dEle no meio da multidão e tocou nas suas roupas.

28 - Porque ela pensava consigo mesma: "Se eu apenas tocar na roupa dEle, serei curada".

29 - E realmente, logo que tocou nEle, a hemorragia parou e ela percebeu que estava curada.

30 - Jesus sentiu imediatamente que havia saído poder curativo dEle, e por isso olhou para a multidão ao redor e perguntou: ""Quem tocou na minha roupa?"

31 - Os discípulos dEle disseram-Lhe: "Esta multidão toda está apertando em volta do Senhor, e ainda pergunta que O tocou?"

32 - Porém Ele continuou olhando para ver quem tinha feito aquilo.

33 - Então a mulher, amedrontada e tremendo ao compreender o que havia acontecido a ela, veio, caiu aos pés dEle e contou-Lhe o que ela havia feito.

34 - Ele disse-lhe; "Filha, a sua fé fez você ficar boa; vá em paz, curada da sua doença".

35 - Enquanto Jesus ainda estava falando com ela, chegaram mensageiros da casa de Jairo com a notícia de que a filha dele tinha morrido, e não havia mais necessidade de Jesus ir até lá.

36 - Porém Jesus não fez caso dos comentários deles e disse a Jairo: "Não tenha medo. Apenas confie em Mim".

37 - Então Jesus fez a multidão parar e não deixou ninguém ir com Ele à casa de Jairo, a não ser Pedro, Tiago e João.

38 - Quando chegaram, Jesus viu que tudo estava numa grande confusão, com choro e muita lamentação.

39 - Ele entrou e falou ao povo: "Por que todo este choro e este alvoroço? A criança não morreu, está apenas dormindo!"

40 - Riram-se dEle com zombaria, mas Ele mandou todos sairem, e tomando o pai e a mãe da criança e seus três discípulos, entrou no quarto onde ela estava deitada.

41 e 42 - Segurando a menina pela mão, Ele disse: "Levante-se menina!" (Tinha ela doze anos de idade.) Ela saltou e começou a andar! Os pais ficaram muito espantados.

43 - Jesus os proibiu de contar o que tinha acontecido, e mandou-lhe dar alguma coisa para ela comer.

 


Capítulo 6

1 - Logo depois disto, Jesus deixou aquela região do país e voltou com os seus discípulos para Nazaré, a cidade onde morava.

2, 3 - No sábado seguinte Ele foi à sinagoga ensinar, e o povo estava admirado da sua sabedoria e dos seus milagres, porque Ele era apenas um concidadão igual a eles. "Ele não é melhor do que nós", diziam. "É apenas um carpinteiro, o filho de Maria, e irmão de Tiago, José, Judas e Simão. E as irmãs dEle moram aqui mesmo entre nós". Sentiam-se escandalizados!

4 - Então Jesus lhes disse: "Um profeta é respeitado em qualquer lugar, menos na sua terra, entre os seus parentes e pela sua própria família".

5 - Por causa da incredulidade deles, Ele não pôde fazer nenhum milagre sobre uns poucos doentes e curá-los.

6 - Então saiu dali e foi ensinar nas aldeias vizinhas.

7 - Reuniu os doze discípulos, e os enviou de dois em dois, com poder para expulsar demônios.

8, 9 - Mandou que não levassem nada consigo, a não ser o bordão - nem comida, nem sacola, nem dinheiro, nem mesmo um par de calçados ou muda de roupa a mais.

10 - "Fiquem numa mesma casa em cada vila - não mudem de uma casa para outra enquanto estiverem ali", disse Ele.

11 - "E sempre que uma vila não aceitar nem ouvir vocês, sacudam a poeira dos pés quando saírem; isso é um sinal de que vocês a abandonaram à sua própria sorte".

12 - Então os discípulos saíram, dizendo a todos os que encontravam que abandonassem o pecado.

13 - Expulsaram muitos demônios, e curaram muitos doentes, derramando azeite em suas cabeças.

14 - Logo o rei Herodes ouviu a respeito de Jesus, porque os milagres dEle eram comentados em toda a parte. O rei pensava que Jesus era João Batista, que vivia novamente. Por isso o povo estava dizendo: "Não admira que Ele possa fazer tais milagres".

15 - Outros pensavam que Jesus era Elias, o antigo profeta, que agora retornava à vida; ainda outros afirmavam que Ele era um novo profeta igual aos grandes profetas do passado.

16 - "Não", dizia Herodes; "é João, o homem cuja cabeça cortei. Ele voltou dentre os mortos".

17, 18 - Pois Herodes havia mandado soldados prender João porque ele vivia dizendo que estava errado o rei casar-se com Herodias, que era esposa de Filipe, irmão do próprio rei.

19 - Como vingança, Herodias queria que João fosse morto, mas sem aprovação de Herodes ela não tinha força para isso.

20 - Herodes respeitava João, sabendo que ele era um homem bom e santo, e assim o mantinha debaixo da sua proteção. E Herodes ficava perturbado sempre que falava com João, mas mesmo assim gostava de ouvi-lo.

21 - Finalmente chegou a oportunidade de Herodias. Era o aniversário de Herodes; ele deu uma festa e convidou os auxiliares do palácio, os oficiais do exército, e os cidadãos importantes da Galiléia.

23, 23 - Foi quando a filha de Herodias entrou, dançou diante deles, e agradou muito a todos. "Peça-me qualquer coisa que você quiser", prometeu o rei, "ainda que seja a metade do meu reino, e eu o darei a você!"

24 - Ela saiu e consultou a mãe, que lhe disse: "Peça a cabeça de João Batista!"

25 - Então ela voltou depressa ao rei e disse: "Eu quero a cabeça de João Batista - agora mesmo - numa bandeja!"

26 - Com isto o rei se entristeceu, mas sentiu-se acanhado de quebrar o juramento diante dos seus convidados.

27 - Portanto, mandou um dos seus soldados à prisão, cortar a cabeça de João e trazê-la. O soldado matou João na prisão,

28 - trouxe a cabeça dele numa bandeja, deu à moça, e ela a levou a mãe.

29 - Quando os discípulos de João souberam o que tinha acontecido, vieram buscar o corpo e o colocaram num túmulo.

30 - Chegou o dia em que os apóstolos voltaram da viagem. Vieram a Jesus e Lhe contaram tudo o que tinha feito, e o que haviam dito ao povo que visitaram.

31 - Então Jesus sugeriu: "Vamos sair por um instante do meio do povo, para descansar". Porque tanta gente ia e vinha que mal tinham tempo para comer.

32 - Portanto saíram de barco para um lugar mais tranqüilo.

33 - Mas muitas pessoas os viram saindo e, correram adiante pela praia, esperando-os quando chegaram em terra.

34 - Assim é que a enorme multidão de sempre estava lá quando Jesus desceu do barco; Ele teve penas deles, porque eram como ovelhas sem pastor, e lhes ensinou muitas coisas que precisavam saber.

35, 36 - Mais adiante, ao entardecer, os discípulos de Jesus vieram a Ele e disseram: "Diga ao povo que vá embora às vilas e às propriedades próximas, e compre alimento para si, porque não há nada para comer neste lugar deserto, e está ficando tarde".

37 - Mas Jesus disse: "Vocês dêem-lhes de comer". "Com quê?" perguntaram eles. "Seria preciso uma fortuna para comprar comida para esta multidão toda!"

38 - "Quanto temos de comida?" perguntou Ele. "Vão ver!". Eles voltaram e informaram que havia cinco pães e dois peixes.

39, 40 - Então Jesus disse a multidão que se sentasse, em grupos de 50 ou 100 cada um, na grama verde.

41 - Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos para o céu e deu graças pela comida. Depois partiu os pães em pedaços e deu um pouco de pão e de peixe a cada discípulo, para colocar diante do povo.

42 - A multidão comeu até ficar bem satisfeita!

43, 44 - Havia cerca de 5.000 homens ali para aquela refeição; e depois foram recolhidos doze cestos cheios de sobras!

45 - Imediatamente depois disto Jesus ordenou aos discípulos dEle que voltassem para o barco e atravessassem o lago para Betsaida, onde Ele os encontraria mais tarde. Ele ficaria para despedir o povo.

46 - Depois Jesus subiu às montanhas para orar.

47 - Durante a noite, enquanto os discípulos estavam no barco lá no meio do lago, e Ele estava sozinho em terra,

48 - viu que se encontravam em sérios apuros, remando muito e lutando contra o vento e as ondas. Lá para as três da madrugada, Ele caminhou para eles por cima da água. Começou a passar-lhes à frente,

49 - Mas quando eles viram alguma coisa andando ao seu lado, gritaram de medo, pensando que era um fantasma,

50 - porque todos eles O viam. Porém Ele imediatamente falou: "Vai tudo bem", disse Ele. "Sou Eu! Não tenham medo".

51 - Então Jesus subiu para o barco e o vento parou! Os discípulos ficaram assustados, sem poder compreender aquilo!

52 - Porque eles ainda não tinham percebido quem Jesus era, mesmo depois do milagre da tarde anterior, pois seus corações estavam endurecidos!

53 - Quando chegaram a Genesaré, no outro lado do lago, desceram do barco,

54 - o povo que estava ali reconheceu Jesus imediatamente,

55 - Correram logo pela região toda espalhando a notícia da chegada dEle, e começaram a trazer-Lhe os doentes em esteiras e padiolas.

56 - A todo lugar onde Ele ia - em vilas, em cidades e nas propriedades ao redor - eles punham os doentes nas praças, e nas ruas, rogando-Lhe que os deixasse pelo menos tocar nas pontas da roupa dEle; e todos os que tocavam, ficavam curados.

 


Capítulo 7

1 - Certo dia alguns dos líderes religiosos judaicos chegaram de Jerusalém para fazer investigações a respeito de Jesus,

2 - e notaram que alguns dos discípulos dEle deixavam de seguir os rituais judaicos comuns antes de comer.

3 - (Porque os judeus, especialmente os fariseus, não comem enquanto não lavam os braços até os cotovelos, conforme suas antigas tradições exigem.

4 - Por isso, quando eles voltam da rua para casa, devem sempre lavar-se desta maneira antes de tocar em qualquer comida. Este apenas é um de muitos exemplos de leis e regulamentos aos quais eles se apegaram durante séculos, e ainda seguem, tais como sua cerimônia de purificação de vasilhas, panelas e pratos).

5 - Portanto os líderes religiosos lhe perguntaram: "Por que os Seus discípulos não seguem os nossos antigos e tradicionais costumes? Pois eles comem sem primeiro seguir a cerimônia de purificação de vasilhas, panelas e pratos).

6, 7 - Jesus respondeu: "Seus fingidos! O profeta Isaías descreveu vocês muito bem quando disse: 'Este povo fala de maneira agradável a respeito do Senhor, mas não tem amor algum por Ele. A adoração dessa gente é uma farsa, porque o que ensinam são os mandamentos feitos por eles'.

8 - Porque vocês desprezam as ordens expressas de Deus e põem no lugar delas as próprias tradições de vocês.

9 - Estão simplesmente rejeitando as leis de Deus e as estão espezinhando por causa da tradição.

10 - Por exemplo: Moisés lhes deu esta lei da parte de Deus: 'Honra o seu pai e a sua mãe'. E Ele disse que todo aquele que falar contra o pai ou a mãe deve morrer.

11 - Mas vocês afirmam que esta perfeitamente certo que um homem despreze seus pais necessitados, dizendo-lhes: 'É uma pena, mas eu não posso ajudar vocês! Porque o que podia ter dados a vocês, eu dei como oferta no Templo'.

12, 13 - E assim vocês quebraram a lei de Deus para proteger a sua tradição feita pelos homens. Isto é apenas um exemplo. Há muitos, muitos outros mesmo".

14 - Então Jesus chamou a multidão novamente para que viesse ouvir. "Ouçam vocês todos", disse Ele", e procurem entender.

15, 16 - A alma de vocês não é prejudicada pelo que vocês comem, mas sim pelo que vocês pensam e dizem!"

17 - Depois Ele entrou numa casa para afastar-se do povo, e os seus discípulos Lhe perguntaram o que Ele queria dizer com a declaração que acabava de fazer.

18 - "Nem vocês tampouco entendem?" perguntou ele. "Vocês não podem ver que o que comem não prejudica a alma de vocês?

19 - Pois a comida não entra em contato com o eu coração, mas apenas passa através do aparelho digestivo". (Dizendo isto, Ele mostrou que nenhum tipo de comida faz mal à alma).

20 - Então Ele acrescentou: "É a mente que pode contaminar.

21 - Porque de dentro, do coração dos homens, vêm os maus pensamentos de imoralidade, roubo, assassínio, adultério.

22 - Desejo de possuir o que pertence aos outros, falta de temor a Deus, engano, paixões carnais, inveja, calúnia, orgulho, e todas as outras loucuras.

23 - Todas essas coisas ruins procedem de dentro; são elas que contaminam e fazem vocês indignados de Deus".

24 - Nisso Ele deixou a Galiléia e foi para a região de Tiro e Sidom; e procurava conservar em segredo o fato que Ele estava ali, mas não pôde. Porque, como de costume, a notícia da sua chegada espalhou-se depressa.

25 - Imediatamente veio a Ele uma mulher, cuja filhinha estava possessa de um demônio. Tendo ouvido falar de Jesus, agora veio e caiu aos pés dEle.

26 - Suplicava-Lhe que livrasse a filha dela do poder do demônio, (porém ela era sirio-fenicia, uma "estrangeira desprezada!")

27 - Jesus lhe disse: "Primeiro eu tenho que socorrer a minha própria família - os judeus. Não é correto tomar a comida dos filhos e jogá-la para os cachorros".

28 - Ela respondeu: "É verdade, sim Senhor, mas até mesmo os cachorrinhos debaixo da mesa recebem os restos dos pratos das crianças".

29 - "Muito bem!" disse Ele. "Você respondeu bem - tão bem que Eu já curei a sua filhinha. Vá para casa, porque o demônio já a deixou!"

30 - E quando ela chegou em casa, sua filhinha estava deitada quietinha na cama, e o demônio havia ido embora.

31 - De Tiro Ele foi para Sidom, e depois voltou ao mar da Galiléia pelo caminho das Dez Cidades.

32 - Trouxeram-lhe um homem surdo e gago; todos pediam a Jesus que pusesse as mãos sobre o homem e o curasse.

33 - Jesus o retirou do meio da multidão, pôs os dedos nos ouvidos do homem e depois cuspiu e tocou na língua dele com a saliva.

34 - Então, levantando os olhos para o céu, Ele suspirou e ordenou: "Abra-se!"

35 - Naquele mesmo instante o homem pôde ouvir perfeitamente e falar claramente!

36 - Jesus ordenou à multidão que não espalhasse a notícia, porém quanto mais Ele os proibia, mais eles faziam o fato conhecido,

37 - Porque estavam dominados por um espanto completo. Diziam a toda hora: "Tudo o que Ele faz é maravilhoso; Ele até corrige a surdez e a mudez!"

 


Capítulo 8

1 - Certo dia, nessa época, quando uma outra grande multidão estava reunida, o povo ficou novamente sem comida. Jesus chamou seus discípulos para discutir a situação. "Eu tenho pena desta gente", disse Ele, "porque já estão aqui há três dias, e não ficou nada para comerem.

3, 4 - Se Eu os mandar embora assim sem dar-lhes de comer, vão cair de fraqueza no caminho, pois alguns deles vieram de uma grande distância". "Teremos de achar comida para eles aqui no deserto?" perguntaram-Lhe os discípulos com ironia.

5 - "Quantos pães vocês têm?" perguntou Ele. "Sete", responderam.

6 - Então Ele mandou a multidão sentar-se no chão. Tomou os sete pães e agradeceu a Deus; partiu-os em pedaços e os entregou aos seus discípulos, que os puseram diante do povo.

7 - Eles encontraram também alguns peixinhos, que Jesus abençoou e mandou os discípulos servirem.

8, 9 - A multidão toda comeu até fartar-se, e depois disso Ele os mandou embora. Havia cerca de 4.000 pessoas na multidão aquele dia, e quando as sobras foram recolhidas depois da refeição, havia sete cestos muito grandes bem cheios!

10 - Logo depois Ele entrou com seus discípulos num barco e vaio para a região de Dalmanuta.

11 - Quando os líderes judaicos do lugar souberam da sua chegada vieram discutir com Ele. "Faça um milagre para nós", disseram eles. "Algum sinal vindo do céu. Assim nós creremos em sua divindade".

12 - Ele suspirou bem forte quando ouviu isto e disse: "Certamente que não. De quantos milagres mais vocês precisam?"

13 - Por isso Ele entrou de volta no barco e os deixou, atravessando para o outro lado do lago.

14 - Mas os discípulos se esqueceram de levar pães antes de saírem, de modo que só tinham um pão no barco.

15 - Quando estavam fazendo a travessia. Jesus lhes disse muito solenemente: "Tomem cuidado com o fermento dos fariseus e do rei Herodes".

16 - "Que será que Ele quer dizer?" perguntavam os discípulos uns aos outros. Finalmente eles concluíram que Ele devia estar falando sobre o seu esquecimento de levar pão.

17 - Jesus percebeu o que eles estavam discutindo e disse: "Não, não é isso, absolutamente! Vocês não podem entender ? O coração de vocês é duro demais para perceber isto?

18 - Os olhos de vocês são para ver - por que vocês não olham? Por que não abrem os ouvidos e ouvem?' Vocês não se lembram de nada mesmo?

19 - Como foi com os 5.000 homens que Eu alimentei com cinco pães? Quantos cestos cheios de sobras vocês recolheram depois?" "Doze", disseram eles.

20 - "E quando Eu alimentei os 4.000 com sete pães, quanto deixaram?" "Sete cestos cheios", disseram.

21 - "E ainda vocês pensam que Eu estou preocupado porque não temos pão?"

22 - Quando chegaram a Betsaida, algumas pessoas trouxeram-Lhe um homem cego e rogaram-Lhe que o tocasse e curasse.

23 - Jesus tomou o cego pela mão e o levou para fora da aldeia, passou saliva nos olhos e pôs as mãos em cima deles. "Pode ver alguma coisa agora?" perguntou-lhe Jesus.

24 - O homem olhou em volta. "Sim!" disse ele, "Vejo homens! Mas não posso vê-los claramente; eles parecem troncos de árvores andando de um lado para o outro!"

25 - Então Jesus colocou novamente as mãos em cima dos olhos do homem, e quando ele olhou bem, a sua vista estava completamente recuperada, e ele via tudo claramente.

26 - Jesus o mandou para casa, para junto da família. "Não passe pela aldeia", disse Ele.

27 - Nisso Jesus e os seus discípulos deixaram a Galiléia e saíram para as vilas de Cesaréia de Filipe. Enquanto caminhavam, Ele perguntou-lhes: "Quem o povo pensa que eu sou? Que estão eles dizendo a meu respeito?"

28 - "Alguns deles pensam que o Senhor é João Batista", responderam os discípulos, "e outros dizem que é Elias, ou algum outro profeta antigo que voltou a viver novamente".

29 - Então Ele perguntou: "Quem vocês acham que Eu sou?" Pedro respondeu: "o Senhor é o Messias".

30 - Mas Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém!

31 - E daí em diante começou a falar-lhes acerca das coisas terríveis que Ele sofreria: que seria rejeitado pelos anciãos, pelos sacerdotes principais e pelos outros lideres judaicos - que seria morto e que Se levantaria novamente depois de três dias.

32 - Ele falava sobre isso com eles muito abertamente, de modo que Pedro O levou a um lado e chamou a sua atenção. "O Senhor não deve dizer coisas assim" disse ele a Jesus.

33 - Jesus voltou-se, olhou para os discípulos, e disse a Pedro muito severamente: "Satanás, vá para trás de mim! Você está olhando para isto apenas de um ponto de vista humano, e não do ponto de vista de Deus".

34 - Depois Ele chamou seus discípulos e o povo para virem e ouvir: "Se qualquer um de vocês quiser ser meu seguidor", disse-lhes Ele, "deve por de lado os seus próprios prazeres, tomar sobre os seus ombros a cruz, e seguir-me de perto.

35 - Se você insistir em salvar a sua própria vida, você a perderá. Somente aqueles que põe de lado a sua vida por minha causa e por causa da Boa Nova é que saberão realmente o que significa viver.

36 - E qual é o proveito que um homem tira se ele ganhar o mundo inteiro e perder a alma?

37 - Por que há alguma coisa que valha mais do que a alma dele?

38 - E todo aquele que se envergonhar de Mim e da Minha mensagem nestes dias de incredulidade e pecado, Eu o Messias, Me envergonharei dele quando voltar na glória do meu Pai, com os santos anjos".

 


Capítulo 9

1 - Jesus prosseguiu dizendo aos seus discípulos: "Alguns de vocês que estão aqui viverão para ver o Reino de Deus chegar com grande poder!"

2 - Seis dias depois Ele levou Pedro, Tiago e João para o cume de uma montanha. Ninguém mais estava ali. De repente o seu rosto começou a brilhar com glória.

3 - E a roupa ficou com uma brancura brilhante, muito mais glorioso do que qualquer processo terreno poderá jamais fazê-la!

4 - Então apareceram Elias e Moisés, e começaram a falar com Jesus!

5 - "Mestre, isto é maravilhoso!" exclamou Pedro. "Nós vamos fazer aqui três abrigos, um para cada um de vocês..."

6 - Ele disse isso só para falar, porque não sabia dizer nenhuma outra coisa, pois estavam todos eles terrivelmente apavorados.

7 - Mas quando ele ainda falava estas palavras, uma nuvem os cobriu, ocultando o sol, e uma voz vinda da nuvem disse: "Este é o meu Filho amado. Escutem o que Ele diz!"

8 - Foi quando de repente eles olharam em volta e Moisés e Elias haviam ido embora; só Jesus estava com eles.

9 - Enquanto estavam descendo a encosta da montanha, Jesus proibiu de contarem o que haviam visto, até depois que Ele Se levantasse dos mortos.

10 - Portanto eles guardaram aquilo para si mesmos, mas muitas vezes falaram entre si a respeito, e perguntaram o que Ele queria dizer por "levantar-se dos mortos".

11 - Então eles começaram a perguntar a Ele sobre uma coisa que os mestres da lei falavam muitas vezes: que Elias deveria voltar (antes que o Messias viesse).

12, 13 - Jesus concordou que Elias deveria vir primeiro e preparar o caminho - aliás, já tinha vindo. E havia sido muito maltratado, como os profetas tinham previsto. Depois Jesus lhes perguntou acerca do que os profetas poderiam estar falando quando predisseram que o Messias sofreria e seria tratado com extremo desprezo.

14 - No pé da montanha eles encontraram uma grande multidão rodeando os outros nove discípulos, enquanto alguns mestres da lei discutiam com eles.

15 - A multidão olhou admirada para Jesus quando Ele veio na direção deles, e então correram para cumprimentá-lo.

16 - "Sobre que é toda esta discussão?" perguntou Ele.

17 - Um dos homens da multidão tomou a palavra e disse: "Mestre eu trouxe o meu filho para que o Senhor o curasse - ele não pode falar - porque está possesso de um demônio.

18 - E sempre que o demônio toma conta dele, atira-o no chão e o faz espumar pela boca, ranger os dentes e ficar rígido. Então eu pedi aos seus discípulos que expulsassem o demônio, mas eles não conseguiram".

19 - Jesus disse (aos discípulos): "Oh, que fé pequenina vocês têm! Quanto tempo mais Eu devo ficar com vocês até que finalmente creiam? Quanto tempo mais Eu devo ter paciência com vocês? Tragam-Me o menino".

20 - Então trouxeram o menino, mas o demônio, quando viu Jesus, convulsio­nou horrivelmente o menino, e ele caiu no chão, contorcendo-se e espumando pela boca.

21 - "Há quanto tempo ele está assim?" perguntou Jesus ao pai. Ele respondeu: "Desde que era muito pequeno,

22 - E o demônio muitas vezes o faz cair no fogo ou na água para matá-lo. Oh, tenha misericórdia de nós, e se o Se­nhor puder, faça alguma coisa".

23 - "Se Eu puder?" perguntou Jesus. "Qualquer coisa é possível quando se tem fé.

24 - O pai imediatamente respondeu: "Eu tenho fé; oh, ajude-me a ter mais!"

25 - Quando Jesus viu que a multidão es­tava crescendo, repreendeu o demônio. "Ó demônio da surdez e da mudez", disse Ele, "Eu ordeno a você que saia des­se menino e não entre mais nele!"

26 - Então o demônio deu um grito terrível, convulsionou o menino nova­mente e o deixou; o menino ficou prostra­do ali, mole e imóvel, com toda a aparên­cia de morto. Correu um murmúrio pela multidão - "Ele está morto".

27 - Mas Je­sus o tomou pela mão e ajudou a ficar em pé; ele levantou-se e estava bem!

28 - De­pois disso, quando Jesus estava sozinho com os seus discípulos em casa, eles Lhe perguntaram: "Por que nós não pudemos expulsar aquele demônio?"

29 - Jesus respondeu: "Casos como este exigem oração".

30, 31 - Eles deixaram aquela região e via­javam pela Galiléia, onde Jesus tentava evitar toda a propaganda, a fim de gastar mais tempo com os seus discípulos, ensinando-lhes. Ele dizia-lhes: "Eu, o Messias", vou ser traído e morto, e três dias depois voltarei a viver novamente".

32 - Porém eles não entendiam e tinham medo de perguntar-Lhe o que Ele queria dizer.

33 - Assim chegaram a Cafarnaum. Quando eles estavam acomodados na ca­sa onde iam ficar, Ele perguntou-lhes: "Que era o que vocês estavam discutindo no caminho?"

34 - Porém eles tinham vergonha de res­ponder, porque discutiram sobre qual de­les era o maior!

35 - Ele Se sentou e os chamou para que O rodeassem, e disse: "Todo aquele que quiser ser o maior, deve ser o menor - o servo de todos! "

36 - Então pôs uma criancinha no meio deles; tomou a criança nos braços e disse­-lhes:

37 - "Todo aquele que acolher em meu nome uma criancinha como esta, estará

Me acolhendo; e todo aquele que Me aco­lher, estará acolhendo também meu Pai que Me , enviou!"

38 - João, um dos seus discípulos, disse-­Lhe certa vez: "Mestre, nós vimos um ho­mem utilizando o seu nome para expulsar demônios; nós lhe proibimos isso, porque ele não é do nosso grupo".

39 - "Não o proíbam!" disse Jesus, "porque ninguém que faça milagres em meu nome se voltará logo depois contra Mim.

40 - Todo aquele que não é contra nós, é por nós.

41 - Se alguém der a vocês um copo de água porque vocês são de Cristo - Eu digo isto com toda a certeza: não perderá sua recompensa.

42 - Mas se alguém fizer um destes pequeninos que crêem em Mim perder a fé - seria melhor para esse homem que amarrasse uma enorme Pedra de moinho em volta do seu pescoço e fosse jogado no mar.

43, 44 - Se a sua mão o leva para o mal, corte-a! É melhor viver para sempre com uma só mão do que ter as duas e ser joga­do nas chamas do inferno, que nunca se apagam!

45, 46 - Se o seu pé o leva para o mal, corte-o! E melhor ser coxo e viver sempre, do que ter dois pés que levam vo­cê para o inferno.

47 - E se o seu olho é cheio de pecado, arranque-o fora. É melhor entrar no Rei­no de Deus com um olho só, do que ter dois olhos e ver as chamas do inferno,

48 - onde os bichos nunca morrem e o fogo nunca se apaga.

49 - Onde todos são salga­dos com fogo.

50 - O sal não vale nada se perder o seu sabor; não pode temperar nada. Portan­to, não percam o seu sabor! Vivam em paz uns com os outros.

 


Capítulo 10

1 - ENTÃO JESUS deixou Cafarnaum e seguiu em direção ao Sul, para as fronteiras da Judéia e a região oriental do rio Jordão. Como sempre, lá estavam as multidões; e como de costume, Ele as ensinava.

2 - Alguns fariseus vieram e Lhe perguntaram: "o Senhor permite o divórcio?" Naturalmente eles estavam tentando apanhá-lo numa armadilha.

3 - "Que disse Moisés sobre o divórcio?" perguntou-lhes Jesus.

4 - "Ele disse que estava certo", responderam. "Disse que tudo que um homem precisa fazer é mandar a esposa embora e entregar-lhe um documento escrito".

5 - "E por que ele disse isso?" perguntou Jesus. "Eu vou lhes dizer porque - era uma tolerância à maldade do coração endurecido de vocês.

6.7 - Mas desde o princípio Deus fez o homem e mulher pa­ra se unirem permanentemente no casa­mento; portanto o homem deve deixar o pai e a mãe,

8 - e ele e a esposa estarão uni­dos de tal maneira que não são mais dois, porém uma só pessoa.

9 - E nenhum ho­mem pode separar o que Deus uniu".

10 - Mais tarde, quando Ele estava sozi­nho com os discípulos em casa, o assunto surgiu outra vez.

11 - Ele disse-lhes: "Quando um homem se divorcia da esposa para casar-se com outra, comete adultério contra ela.

12 - E se a esposa se divorciar do marido e se ca­sar, ela também comete adultério":

13 - Uma vez quando algumas mães esta­vam trazendo suas crianças para que Je­sus as abençoasse, os discípulos as afu­gentavam, dizendo-lhes que não O inco­modassem.

14 - Mas quando Jesus viu o que estava acontecendo, ficou muito aborrecido com os discípulos e lhes disse: "Deixem as crianças virem a Mim, porque o Reino de Deus pertence àqueles que são como crianças. Não as mandem embora!

15 - Eu lhes digo que verdadeiramente todo aque­le que se recusar a vir a Deus como uma criancinha, nunca lhe será permitido en­trar no seu Reino".

16 - Então Ele tomou as crianças nos bra­ços, pôs as mãos na cabeça delas, e as abençoou.

17 - Quando Ele estava pondo-se a cami­nho para uma viagem, veio um homem correndo a Ele, ajoelhou-se e perguntou: "Bom Mestre, que devo eu fazer para re­ceber a vida eterna?"

18 - "Por que você Me chama de bom?" perguntou Jesus. "Só Deus é verdadeira­mente bom!

19 - Mas quanto à sua pergunta - você conhece os mandamentos: não mate, não cometa adultério, não roube, não minta, não engane, respeite seu pai e sua mãe" .

20 - "Mestre", respondeu o homem, "não quebrei nenhuma dessas leis, desde a minha mocidade".

21 - Jesus, ao contemplá-lo, falou-lhe com amor: "Falta-lhe só uma coisa: vá vender tudo o que você tem; dê o dinheiro aos pobres e você terá um tesouro no céu - então venha seguir-Me".

22 - Mas o homem, contrariado, foi-se embora, triste, porque era muito rico.

23 - Jesus olhando ao redor, disse aos seus discípulos: "É quase impossível um rico entrar no Reino de Deus!"

24 - Isto os deixou espantados. Por isso Jesus disse outra vez: "Meus queridos filhos, como é difícil para aqueles que confiam nas riquezas entrar no Reino de Deus!

25 - É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um homem rico entrar no Reino de Deus" .

26 - Os discípulos estranharam muito mesmo! "Então, quem neste mundo pode ser salvo?" perguntaram.

27 - Jesus olhou atentamente para eles e então disse: "Para os homens é impossível. Mas para Deus, tudo é possível".

28 - Então Pedro começou a mencionar: tudo o que ele e os outros discípulos haviam deixado para trás. "Nós abandona­mos tudo para segui-lo", disse ele.

29 - E Jesus respondeu: "Eu quero garantir-lhes que ninguém jamais abandonou qualquer coisa - lar, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou propriedade por amor de Mim, para contar aos outros a Boa Nova,

30 - que não receba de volta, cem vezes mais, lares, irmãos, irmãs, mães, pais, filhos e terras - com perseguições! "Tudo isso será dele aqui na terra, e no mundo futuro, terá a vida eterna.

31 - Mas muitas pessoas que parecem ser importantes agora, naquela ocasião serão as menos importantes; e muitos que são considerados os menores aqui, serão os maiores lá".

32 - Por este tempo eles caminhavam para Jerusalém, e Jesus ia caminhando adiante; enquanto os discípulos O estavam seguindo, ficaram cheios de medo e apreensão. Jesus levou-os a um lado e mais uma vez começou a descrever tudo o que estava para acontecer a Ele quando chegassem a Jerusalém.

33 - "Quando chegarmos lá". Disse-lhes Ele, "Eu, o Messias, serei preso e levado à presença dos sacerdotes principais, e dos líderes judaicos, que Me condenarão à morte e Me entregarão aos romanos para ser morto.

34 - Eles zombarão de Mim, cuspirão em Mim, Me açoitarão com os seus chicotes e Me matarão; mas depois de três dias Eu voltarei a viver novamente".

35 - Depois Tiago e João, os filhos de Zebedeu, vieram e falaram com Ele em voz baixa: "Mestre", disseram, "nós queremos que nos faça um favor".

36 - "Qual é?" perguntou Ele.

37 - "Queremos sentar-nos nos tronos próximos ao seu no seu reino", disseram eles, "um à sua direita e o outro à sua esquerda!"

38 - Mas Jesus respondeu: "Vocês não sabem o que estão pedindo! Vocês são ca­pazes de beber do cálice amargo de tristeza do qual Eu devo beber? Ou ser batizado com o batismo de sofrimento com o qual eu devo ser batizado?"

39 - "Claro que sim", disseram, "somos!" E Jesus disse: "Vocês realmente beberão do meu cálice e serão batizados com o meu batismo,

40 - mas quanto a sentar-se à minha direita ou à minha esquerda, não cabe a Mim resolver, isso já está prepara­do".

41 - Quando os outros discípulos descobriram o que Tiago e João haviam pedido, ficaram muito indignados.

42 Portan­to Jesus os chamou e disse: "Como vocês sabem, os reis e os homens importantes da terra dominam sobre o povo.

43 - Porém entre vocês é diferente. Todo aquele que quiser ser importante deve ser o servo.

44 - Todo aquele que quiser ser o mais importante, deve ser o escravo de todos. 45 - Porque até Eu, o Messias, não estou aqui para ser servido, mas para socorrer aos outros, e para dar a minha vida a fim de salvar muitas" .

46 - E assim eles chegaram a Jericó. Mais tarde, quando deixavam a cidade, uma grande multidão ia atrás. Aconteceu que um mendigo cego chamado Bartimeu (filho de Timeu) estava sentado à beira da estrada.

47 - Quando Bartimeu soube que Jesus de Nazaré estava perto, começou a clamar: "Jesus, Filho de Davi, tenha misericórdia de mim!"

48 - "Cale a boca!" gritaram para ele algumas pessoas. Porém ele clamava ainda mais alto, sem parar; "ó Filho de Davi, tenha misericórdia de mim!"

49 - Quando Jesus o ouviu, parou ali na estrada e disse: "Digam-lhe que venha cá! Então chamaram o cego. "Anime-se", disseram eles; "venha, Ele está chamando você!"

50 - Bartimeu arrancou a capa e a atirou para o lado, de um salto ficou em pé e foi a Jesus.

51 - "Que quer que Eu faça para você?" perguntou Jesus. "Mestre", disse o cego, "eu quero ver!"

52 - Jesus lhe disse: "A sua fé curou você". No mesmo instante o cego pôde ver e seguia a Jesus pela estrada afora!

 


Capítulo 11

1 - QUANDO ELES estavam se aproximando de Betfagé e Betânia, nos subúrbios de Jerusalém, e chegaram ao Monte das Oliveiras, Jesus mandou na frente dois dos seus discípulos.

2 - "Vão até àquela vila ali", disse-lhes Ele, "e logo que entrarem vocês verão um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrem-no e tragam aqui.

3 - E se alguém perguntar-lhes o que estão fazendo, digam apenas: "O nosso Mestre precisa dele e o devolverá daqui a pouco".

4, 5 - Os dois homens saíram e encontraram o jumentinho na rua, amarrado do lado de fora de uma casa. Quando o estavam desamarrando, algumas pessoas perguntaram: "Que estão vocês fazendo?"

6 - Então eles falaram o que Jesus lhes tinha dito, e desta forma os homens concordaram.

7 - Assim trouxeram o jumentinho a Jesus; os discípulos puseram seus mantos sobre ele para que Jesus o montasse.

8 - Nisto muitos da multidão espalharam seus casacos ao longo da estrada na frente dEle, enquanto outros jogavam ramos de folhas apanhadas nos campos.

9 - Ele ia no centro do cortejo, com o povo na frente e atrás e todos eles gritavam "Viva o Rei!" "Bendito seja Aquele que vem em nome do Senhor!"

10 - "... bendito seja o Reino do nosso pai Davi!... "Glória a Deus nas alturas"!

11 - Quando Ele entrou em Jerusalém, foi para o templo, onde observou tudo, e mais tarde dirigiu-Se para Betânia, com os doze discípulos.

12 - No outro dia de manhã, quando saiam de Betânia, Ele sentiu fome.

13 - A pouca distância do caminho notou uma figueira cheia de folhas e por isso foi ver se podia achar figos nela. Mas não; só havia folhas, porque ainda era muito cedo para o tempo dos frutos.

14 - Então Jesus disse à árvore: "Você nunca mais dará fruto outra vez!" E os discípulos ouviram.

15 - Quando chegaram de volta a Jerusalém, Ele foi para o templo e começou a expulsar os negociantes e seus fregueses, derrubando as mesas dos cambistas de dinheiro e as barracas dos vendedores de pombas,

16 - impedindo que alguém carregasse mercadorias pelo templo.

17 - E dizia-lhes: "Está nas Escrituras: 'Meu templo deve ser um lugar de oração para todas as nações', mas vocês o transformaram num esconderijo de ladrões".

18 - Quando os sacerdotes principais e outros lideres judaicos souberam do que tinha feito, começaram a planejar o melhor meio de se livrarem dEle. Tinham medo porque o povo estava muito entusiasmado com o ensino de Jesus.

19 - À tarde, saíram da cidade.

20 - Na manhã seguinte, quando os discípulos passaram pela figueira que Ele havia amaldiçoado, viram que ela estava seca desde a raiz!

21 - Então Pedro lembrou-se do que Jesus havia dito à árvore no dia anterior, e exclamou: "Olha Mestre! A figueira que o Senhor amaldiçoou secou-se!"

22, 23 - Em resposta, Jesus disse aos discípulos: "Verdadeiramente, se vocês tiverem fé em Deus, podem dizer a este monte: 'Levante-se e jogue-se no mar e a ordem de vocês será obedecida". O necessário é que creiam realmente e não te­nham dúvidas!

24 - Ouçam-me! Vocês podem orar pedindo o que quiserem, e se crerem, vocês receberão, é de vocês!

25 - Mas quando estiverem orando, primeiro perdoem aqueles por quem foram ofendidos, para que seu Pai que está no céu perdoe os seus pecados também".

26, 27, 28 - Voltaram a Jerusalém, e quando Ele estava andando pelo templo, os sacerdotes principais e outros líderes judaicos vieram a Ele, perguntando: "Quem Lhe deu autoridade para pôr os negociantes para fora?"

29 - Jesus respondeu: "Eu lhes direi se vocês responderem a uma pergunta":

30 - João Batista foi enviado por Deus ou não? Respondam-Me!"

31 - Eles conversaram entre si: Se respondermos que Deus o enviou, logo Ele perguntará: "Muito bem, por que vocês não o aceitaram"?

32 - "Mas se dissermos que Deus não o enviou, logo o povo fará um tumulto", porque todos acreditavam que João era profeta.

33 - Por isso eles disseram: "Não podemos responder. Não sabemos"; ao que Jesus respondeu: "Então Eu não responderei tampouco à pergunta de vocês!"

 


Capítulo 12

1 - DEPOIS JESUS contou ao povo estas historias: "Um homem plantou uma vinha, fez uma cerca ao redor dela, construiu um tanque para espremer o suco da uva e uma torre para o vigia. Depois arrendou a propriedade a uns lavradores e saiu do seu país.

2 - No tempo da colheita de uva ele mandou um dos seus homens para receber a sua parte.

3 - Mas os lavradores espancaram o homem e o mandaram de volta com as mãos vazias.

4 - Então o dono enviou outro dos seus homens, o qual foi espancado na cabeça e também insultado.

5 - O próximo homem que ele mandou foi morto; depois, outros foram espancados ou mortos, até que

6 - ficou só o único filho do dono. Finalmente ele o mandou, pensando que com certeza o respeitariam.

7 - Mas quando os lavradores o viram, disseram entre si: "Ele vai ser o dono da propriedade quando o pai morrer. Vamos matá-lo, e então a propriedade será nossa!"

8 - Assim foi que eles o agarraram, mataram e jogaram o corpo fora da vinha.

9 - Que acham vocês que o dono fará quando souber o que aconteceu? Virá, matará todos eles, e dará a vinha a outros.

10 - Vocês já leram nas Escrituras que a pedra rejeitada pelos construtores passou a ser a mais importante do edifício?

11 - Isto é obra do Senhor e é uma coisa admirável de se ver.

12 - Os líderes judaicos queriam prender Jesus naquele mesmo momento, por Ele usar esta ilustração, pois sabiam que os lavradores maus da sua história eram eles. Porém tinham medo do povo; então desistiram da idéia e foram embora.

13 - Depois mandaram outros líderes religiosos e políticos falar com Ele para tentar apanhá-lo com alguma coisa que dissesse.

14 - Eles falaram: "Mestre, nós sabemos que o Senhor diz a verdade sem Se importar com mais nada! O Senhor não Se deixa influenciar pelas opiniões dos homens, mas ensina verdadeiramente os caminhos de Deus. Agora, diga-nos: está certo pagar impostos a Roma ou não?"

15 - Jesus percebeu a maldade deles e disse: "Mostrem-me uma moeda e Eu lhes direi" .

16 - Quando eles Lhe puseram a moeda na mão, Ele perguntou: "De quem é esta figura e este titulo na moeda?" Eles responderam: "Do imperador".

17 - Disse-lhes então Jesus: "Dêem ao imperador o que é dele; e a Deus o que é de Deus". Muitos se admiravam com sua resposta.

18 - Depois se aproximaram os saduceus, homens que diziam não haver ressurreição. Esta foi à pergunta deles:

19 - "Mestre, Moisés nos deu uma lei dizendo que quando um homem morre sem deixar filhos, o irmão dele deve casar-se com a viúva e ter filhos em nome do irmão".

20, 21, 22 - Ora, havia sete irmãos e o mais velho casou-se e morreu, não deixando filhos. Assim o segundo irmão casou-se com a viúva, mas morreu logo também, e não deixou filhos. Então o irmão seguinte casou-se com ela, morrendo sem deixar filhos, e assim por diante até que todos morreram, sem deixar filhos; no fim de tudo, a mulher morreu também.

23 - O que nós queremos saber é isto: Na ressurreição ela será esposa de quem, visto que foi esposa de todos eles?"

24 - Jesus respondeu a eles: "A sua dificuldade é que vocês não conhecem as Escrituras, nem o poder de Deus".

25 - Porque quando esses sete irmãos e a mulher se levantarem dos mortos, não estarão casados - serão como os anjos.

26 - Mas agora, se haverá ressurreição ou não - vocês nunca leram no livro do Êxodo a respeito de Moisés e da sarça que queimava? Deus disse a Moisés: 'Eu sou o Deus de Abraão, e Eu sou o Deus de Isaque, e Eu sou o Deus de Jacó'.

27 - Deus estava dizendo a Moisés que estes homens, embora mortos há centenas de anos, estavam bem vivos ainda, porque Ele não teria dito: 'Eu sou o Deus' daqueles que não existem mais! "Vocês estão cometendo um erro grave."

28 - Um dos mestres de religião que estavam ali ouvindo a discussão percebeu que Jesus tinha respondido bem. Então perguntou: "De todos os mandamentos, qual é o mais importante?"

29 - Jesus respondeu: "Aquele que diz: Ouça, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor.

30 - Vocês devem amar a Deus com toda a sua alma, com todo o seu coração, com toda sua mente, e com todas as suas forças."

31 - O segundo é: Amem aos outros tanto como a si mes­mos. Não há outro mandamento maior do que estes".

32 - O mestre de religião respondeu: "O Senhor falou uma palavra verdadeira ao dizer que só há um único Deus.

33 - Eu sei que amar a Deus de todo o meu coração, entendimento, força, e amar aos outros como a mim mesmo, é muito mais importante do que oferecer toda espécie de sacrifícios no altar do templo" .

34 - Percebendo a compreensão deste homem, Jesus lhe disse: "Você não está longe do Reino de Deus". Depois disto, nenhum outro teve coragem de fazer-Lhe mais pergunta alguma.

35 - Mais tarde, quando Jesus estava ensinando ao povo no templo, fez-lhes esta pergunta: "Por que os mestres de religião de vocês afirmam que o Messias deve ser da família do rei Davi?

36 - Pois o próprio Davi falou, por intermédio do Espírito Santo: 'Deus disse ao meu Senhor: sente-Se à minha direita até que Eu faça dos seus inimigos o estrado dos seus pés.'

37 - Visto que Davi O chamou de seu Senhor, como é que Ele pode ser filho de Davi?" (Esta espécie de raciocínio agradou a multidão, e eles O ouviam com grande interesse.)

38 - Estas são algumas das outras coisas que Ele lhes ensinou nessa ocasião: "Cuidado com os mestres de religião! Porque eles gostam de usar as vestes dos ricos e dos sábios, e ver todo o mundo curvar-se diante deles quando andam pelas praças.

39 - Eles gostam de ocupar os melhores lugares nas sinagogas e nos banquetes.

40 - E entretanto, sem nenhuma vergonha, enganam as viúvas e lhes tomam suas casas, e, para ocultar a espécie de homens que realmente são, fingem-se de piedosos, fazendo longas orações em público. Por causa disto, o castigo deles será ainda maior".

41 - Então Ele passou para onde estavam os cofres de ofertas do templo. Sentou-Se e ficou observando o povo colocar seu dinheiro. Alguns que eram ricos punham grandes quantias.

42 - Nisso veio uma viúva pobre e colocou duas moedinhas.

43 e 44 - Ele chamou seus discípulos e disse: "Aquela viúva pobre deu mais do que todos aqueles ricos juntos! Porque eles deram um pouco das sobras da sua riqueza, enquanto ela deu o seu último centavo".

 


Capítulo 13

1 - QUANDO ELE estava saindo do templo naquele dia, um dos seus discípulos disse: "Mestre, que belas pedras e construções!"

2 - Jesus respondeu: "Olhem mesmo! Porque não ficará pedra sobre pedra. Só ruínas".

3, 4 - No Monte das Oliveiras, estava Jesus sentado, do outro lado do vale fora de Jerusalém, quando Pedro, Tiago, João e André Lhe perguntaram, em particular, quando aconteceriam aquelas coisas, e que sinal haveria para anunciar tudo isso.

5 - Então Jesus disse: "Não deixem que ninguém engane vocês,

6 - Porque muitos virão dizendo que são o Messias de vocês, e enganarão a muita gente.

7 - E estourarão guerras perto e longe, mais isto não é o sinal do tempo do fim.

8 - Porque nações e reinos declararão guerra uns aos outros; haverá terremotos em muitos paises, e fomes também. Isto anunciará apenas as primeiras fases da angústia que virá depois.

9 - Mas quando estas coisas começarem a acontecer, tomem cuidado, porque vocês estarão correndo grande perigo. Vocês serão arrastados para os tribunais, espancados nas sinagogas, e diante de governadores e reis, acusarão vocês de serem meus seguidores. Esta é a oportunidade que vocês têm de contar-lhes a Boa Nova.

10 - E a Boa Nova deve primeiro tornar-se conhecida em todas as nações, antes que venha finalmente o tempo do fim.

11 - Mas quando vocês forem presos e submetidos a julgamento, não se preocupem com o que dizer em sua defesa. É só falarem o que Deus mandar. Nessa hora não serão vocês que estarão falando, e sim o Espírito Santo.

12 - Irmãos entregarão uns aos outros à morte, pais entregarão seus filhos, e os filhos os próprios pais, para serem mortos.

13 - E todos os odiarão porque vocês são meus. Mas todos os que agüentarem até o fim, sem Me renegar, serão salvos.

14 - Quando vocês virem a coisa horrorosa surgir no templo, - (atenção) - os que estiverem na Judéia fujam para os montes;

15.16 - Apressem-se! Quem estiver no seu terraço, nem entre de volta em casa. Quem estiver fora nos campos, nem volte para buscar seu dinheiro ou sua roupa.

17 - Ai das mulheres que estiverem grávidas naqueles dias, e das mães que estiverem amamentando seus filhos.

18 - Orem para que a fuga de vocês não se de no inverno.

19 - Porque aqueles serão dias de tanta angústia como nunca houve desde o começo da criação de Deus, e jamais haverá novamente.

20 - E se o Senhor não encurtar aquele tempo de angústia, nenhuma alma em toda a terra sobreviverá. Mas por amor dos seus escolhidos, Ele limitará aqueles dias.

21 - E então se alguém lhes disser: 'Este é o messias', ou, 'É aquele', não lhes dêem atenção nenhuma.

22 - Porque haverá muitos falsos Messias e falsos profetas que farão milagres maravilhosos para enganar, se possível até os verdadeiros filhos de Deus'.

23 - Fiquem de prontidão! Eu já lhe avisei!

24 - Depois de terminar a angústia, então o sol ficará escuro, e a lua não brilhará,

25 - as estrelas cairão e os céus serão abalados;

26 - Nisto a humanidade toda Me verá o Messias vindo das nuvens com grande poder e glória.

27 - Eu mandarei sair os anjos para reunir os meus escolhidos de todos os cantos do mundo, desde os limites mais distantes da terra e do céu.

28 - Ora, esta é uma lição tirada de uma figueira. Quando os brotos dela ficam macios e as folhas começam a crescer, vocês abem que a primavera chegou.

29 - E quando vocês virem acontecer estas coisas que Eu descrevi, podem estar certos de que à minha volta está muito próxima, que Eu estou bem às portas.

30 - Estes são os acontecimentos que darão sinal do fim destes tempos.

31 - O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas Palavras permanecem firmes para sempre.

32 - Contudo, ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem Eu mesmo, o dia ou hora em que estas coisas acontecerão; só o Pai sabe.

33 - E já que vocês não sabem quando isso acontecerá, fiquem prevenidos. Estejam vigilantes (para a minha volta).

34 - Minha vinda pode ser comparada com a de um homem que foi de viagem para outro país. Ele distribuiu as tarefas dos seus empregados para fazerem enquanto estivesse fora; e mandou ao porteiro que ficasse vigiando a volta dele.

35.36, 37 - Vigiem bem! Porque vocês não sabem quando Eu virei, se à tarde, à meia-noite, de madrugada ou pela manhã. Que vocês não sejam encontrados dormindo. Vigiem a minha volta! "Esta é a minha ordem a vocês e a todos os demais".

 


Capítulo 14

1 - DOIS DIAS depois começava a festa da Páscoa - um dia santo judaico anual, quando não se comia pão feito com fermento. Os sacerdotes principais e outros líderes judaicos ainda estavam procurando uma oportunidade para prender Jesus secretamente e entregá-lO à morte.

2 - "Mas não podemos fazer isto durante a Páscoa", diziam eles, "senão haverá uma revolta",

3 - Enquanto isso Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso; durante o jantar, entrou uma mulher com um belo frasco de perfume caro. Abrindo-o, ela derramou tudo sobre a cabeça dEle.

4, 5 - Alguns dos que estavam à mesa ficaram indignados entre si por causa deste "desperdício", como diziam eles. "Mas como! Ela podia ter vendido aquele perfume por uma fortuna e dar o dinheiro aos pobres!" resmungavam.

6 - Mas Jesus disse: "Deixem-na em paz; por que criticá-la por haver feito uma coisa boa?

7 - Vocês sempre têm os pobres entre vocês, e eles necessitam grandemente de auxilio; e podem socorrê-los sempre que quiserem, porém Eu não vou ficar aqui por muito tempo.

8 - Ela fez o que podia, e antes do tempo ungiu o meu corpo para a sepultura.

9 - Eu lhes digo que verdadeiramente, em todo lugar onde a Boa Nova for pregada pelo mundo, o feito desta mulher será lembrado e elogiado" .

10 - Então Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, foi aos sacerdotes principais combinar para lhes entregar Jesus.

11 - Quando os sacerdotes principais souberam por que ele tinha vindo, ficaram alegres, e lhe prometeram uma recompensa. Então ele começou a procurar o momento e o lugar certos para trair Jesus.

12 - No primeiro dia da Páscoa, quando os cordeiros eram sacrificados, os discípulos perguntaram a Jesus onde Ele queria comer a ceia tradicional.

13 - Ele mandou dois deles a Jerusalém fazer os preparativos. "Quando estiverem andando para lá", disse-lhes Ele, "vocês verão um homem que vem em sua direção carregando uma vasilha de água. Vão atrás dele.

14 - Onde ele entrar, digam ao dono da casa: O nosso Mestre nos mandou ver a sala que o senhor preparou para nela comermos a ceia da Páscoa esta noite!

15 - Ele levará vocês para cima, a uma sala grande toda arrumada. Preparem a nossa ceia ali".

16 - Então os dois discípulos foram para a cidade, acharam tudo como Jesus tinha dito, e prepararam a Páscoa.

17 - Ao anoitecer, Jesus chegou com os outros discípulos.

18 - E quando eles estavam à mesa, comendo, Jesus disse: "Eu declaro que verdadeiramente um de vocês vai Me trair, um de vocês que está aqui, comendo comigo".

19 - Uma tristeza enorme se estendeu sobre eles, e perguntavam-Lhe um a um: "Serei eu?"

20 - Ele respondeu: "É um de vocês doze que estão comendo comigo agora".

21 - Eu devo morrer, como os profetas declararam há muito tempo; mas, oh! Que infelicidade espera o homem por meio de quem Estou sendo traído! Antes ele nunca tivesse nascido!"

22 - Enquanto eles estavam comendo, Jesus tomou um pão e pediu a bênção de Deus sobre ele; depois, partiu-o em pedaços, deu a eles e disse: "Comam-no isto é o meu corpo".

23 - Depois tomou um cálice de vinho, deu por ele graças a Deus e lhes ofereceu; todos beberam dele.

24 - Em seguida lhes disse: "Isto é o meu sangue, derramado a favor de muitos, para firmar o novo pacto entre Deus e o homem".

25 - "Declaro verdadeiramente que nunca mais provarei vinho até o dia em que beber de qualidade muito melhore, no Reino de Deus".

26 - Então eles cantaram um hino e saíram para o Monte das Oliveiras.

27 - "Todos vocês vão Me abandonar", disse-lhes Jesus, "porque Deus declarou por meio dos profetas: 'Eu matarei o Pastor, e as ovelhas se dispersarão'.

28 - Mas depois que Eu ressuscitar, irei para a Galiléia e lá Me encontrarei com vocês".

29 - Pedro disse a Ele: "Eu nunca O abandonarei; não importa o que os outros façam!"

30 - "Pedro", disse Jesus, "antes que o galo cante a segunda vez nesta madrugada, você Me negará três vezes".

31 - "Não!" explodiu Pedro. "Nem que eu tenha de morrer com o Senhor! Eu nunca O negarei!" E todos juraram o mesmo.

32 - Nisto eles chegaram a um bosque de oliveiras chamado o Jardim do Getsêmani, onde Ele ordenou aos discípulos: "Sentem-se aqui, enquanto Eu vou orar".

33 - Levou consigo a Pedro, Tiago e João, e começou a encher-Se de profunda aflição e angústia.

34 - Disse-lhes: "Minha alma está esmagada pela tristeza a ponto de morrer; fiquem aqui e vigiem comigo".

35 - Ele foi um pouco adiante, caiu em terra e orou que, se fosse possível, a hora horrível que O esperava não chegasse.

36 - "Pai, ó Pai!" dizia Ele, "tudo é possível para o Senhor. Afaste este cálice de Mim. Contudo, Eu quero a sua vontade, e não a minha".

37 - Então voltou aos três discípulos e os encontrou dormindo. "Simão!" disse Ele. "Dormindo? Você não pode vigiar comigo nem mesmo uma hora?

38 - Vigiem comigo e orem para que o Tentador não domine vocês. Pois embora o espírito esteja preparado, o corpo é fraco".

39 - Ele retirou-Se outra vez e orou, repetindo suas súplicas.

40 - Novamente voltou a eles e os encontrou dormindo, porque estavam muito cansados. Nem sabiam o que dizer.

41 - Na terceira vez em que Ele voltou a eles, disse: "Vocês ainda dormem e descansam! Mas não! Vejam! Eu vou ser entregue nas mãos dos perversos.

42 - Venham! Levantem-se! Precisamos ir embora. Vejam! O meu traidor se aproxima!"

43 - Imediatamente, enquanto Ele ainda estava falando, Judas, um dos seus discípulos, chegou com uma multidão armada de espadas e cacetes, enviada pelos sacerdotes principais e outros líderes judaicos.

44 - O traidor Judas havia combinado com eles um sinal: "Vocês devem prender aquele a Quem eu beijar; procurem levá-lo bem seguro".

45 - Portanto, logo que chegaram, ele caminhou para Jesus. "Mestre!" exclamou e, e O cumprimentou com um beijo.

46 - Então a multidão prendeu Jesus e O amarrou bem.

47 - Mas alguém puxou uma espada e feriu o servo do supremo sacerdote, cortando-lhe a orelha.

48 - Jesus lhes perguntou: "Eu sou algum assaltante perigoso, para que vocês venham assim, armados para Me prender?

49 - Por que não Me prenderam no templo? E estive lá ensinando todos os dias. Porém estas coisas estão acontecendo para cumprir as profecias a respeito de Mim".

50 - Enquanto isso todos os seus discípulos tinham fugido.

51, 52 Havia, contudo, um jovem seguindo atrás deles, vestido apenas com uma camisola de linho. Quando a multidão tentou agarrá-lo, ele escapou embora suas roupas se rasgassem durante a luta, de modo que ele fugiu completamente nu.

53 - Jesus foi conduzido à casa do supremo sacerdote, onde todos os sacerdotes principais e outros líderes judaicos se reuniram logo.

54 - Pedro seguia de longe e então entrou pelo portão da residência do supremo sacerdote e agachou-se ao lado da fogueira, entre os criados.

55 - Lá dentro, os sacerdotes principais e todo o Supremo Tribunal judaico estavam tentando encontrar alguma coisa contra Jesus que fosse suficiente para condená-la à morte. Mas seus esforços eram em vão.

56 - Muitas falsas testemunhas se apresentaram, porém se contradiziam umas às outras.

57 - Finalmente uns homens se levantaram para mentir contra Ele, e disseram:

58 - "Nós O ouvimos dizer: 'Eu destruirei este templo feito por mãos humanas e em três dias construirei outro, feito por mãos não humanas!'"

59 - Mas mesmo nessa hora eles não conseguiram que suas histórias coincidissem!

60 - Então o supremo sacerdote se levantou diante do Tribunal e perguntou a Jesus: "Recusasse a responder a esta acusação? Que tem a dizer em sua defesa?"

61 - Jesus não deu nenhuma resposta a isto. Então o supremo sacerdote Lhe perguntou: "Você é o Messias, o Filho de Deus?"

62 - Jesus disse: "Sou, e vocês, Me verão sentado à direita de Deus, vindo com as nuvens do céu".

63, 64 - Então o supremo sacerdote rasgou as roupas e disse: "Para que esperar por testemunhas? Vocês ouviram sua blasfêmia. Qual é a sentença de vocês?" E o voto pela sentença de morte foi de todos.

65 - Alguns deles começaram então a cuspir nEle, vendaram-Lhe os olhos e Lhe deram socos no rosto. "Ó profeta, quem foi que Lhe bateu agora?" zombavam eles. E até os guardas iam Lhe dando socos enquanto a levavam para fora.

66.67 - Enquanto isso Pedro estava lá embaixo, no pátio. Umas das criadas que trabalhavam para o supremo sacerdote viu-o aquecendo-se na fogueira. Chegou bem perto e depois disse: "Você estava com Jesus, o nazareno".

68 - Pedro negou isso. "Eu não sei o que você está dizendo!" disse ele, é saiu para o canto do pátio. Nessa mesma hora um galo cantou.

69 - A criada o viu de pé ali e começou a dizer aos outros: "Está ali! Está ali aquele discípulo de Jesus!"

70 - Pedro negou outra vez. Um pouco mais tarde, outros que estavam ao redor da fogueira começaram a dizer a Pedro: "Você também é um deles, porque é da Galiléia!"

71 - Ele começou a praguejar e jurar: "Eu não sei nem quem é esse homem de quem vocês estão falando", dizia.

72 - E imediatamente o galo cantou a segunda vez. Então as palavras de Jesus voltaram à mente de Pedro: "Antes que o galo cante duas vezes, você Me negará três vezes". E ele começou a chorar.

 


Capítulo 15

1 - De Manhã bem cedo os sacerdotes principais, os anciãos e os mestres de religião - o Supremo Tribunal inteiro reuniram-se para discutir as próximas medidas a tomar. A decisão deles foi mandar Jesus debaixo de guarda armada a Pilatos, o governador romano.

2 - Pilatos perguntou a Ele: "Você é o Rei dos Judeus"? "Sim", respondeu Jesus, "é como o senhor está dizendo".

3, 4 - Então os sacerdotes principais O acusaram de muitos crimes, e Pilatos perguntou-Lhe: "Por que Você não diz alguma coisa? Veja quantas acusações há contra a sua pessoa!"

5 - Mas Jesus não disse mais nada, para grande espanto de Pilatos.

6 - Ora, era costume de Pilatos soltar um preso judeu cada ano na época da Páscoa - qualquer preso que o povo pedisse.

7 - Um dos presos naquela época era Barrabás, condenado juntamente com outros por assassinato durante uma revolta.

8 Então começaram a reunir-se uma multi­dão diante de Pilatos, pedindo que soltasse um preso, como sempre.

9 "Que tal eu lhes dar o 'Rei dos Judeus'?" perguntou Pilatos. "É Ele que vocês querem que eu solte?"

10 - (Porque a esta altura ele já havia percebido que aquilo era uma trama, apoiada pelos sacerdotes principais, porque invejavam a popularidade de Jesus.)

11 - Mas os sacerdotes principais atiçavam a multidão para que exigisse a libertação de Barrabás em lugar de Jesus.

12 - "Se eu soltar Barrabás", lhes perguntou Pilatos, "que farei deste Homem que vocês chamam de seu Rei?"

13 - Eles responderam: "Crucifique-O!"

14 - "Mas por quê?" indagou Pilatos "Que foi que Ele fez de errado?" Eles si rugiam mais alto: "Crucifique-O!"

15 - Então Pilatos, ansioso por agradar ao povo, soltou-lhes Barrabás, e ordenou que chicoteassem Jesus e O entregassem para ser crucificado.

16, 17 - Com isto os soldados romanos levaram para dentro do quartel do palácio e convocaram a guarda toda; vestiram Jesus com um manto de púrpura fizeram uma coroa de espinhos compridos e agudos, e a puseram na cabeça dEle.

18 - Então O saudavam, gritando em co­ro: "Salve! Rei dos Judeus!"

19 - Batiam na cabeça dEle com um caniço, cuspiam nEle e caíam de joelhos para 'adorá-lO" .

20 - Quando eles finalmente se cansaram da sua zombaria, tiraram o manto de púrpura, vestiram-Lhe novamente as próprias roupas e O conduziram para fora, a fim de ser crucificado.

21 - Simão Cireneu, que bem naquela hora vinha chegando do campo, foi obrigado a carregar a cruz de Jesus. (Simão é o pai de Alexandre e de Rufo.)

22 - Assim eles levaram Jesus para um lugar chamado Gólgota. (Gólgota significa lugar da Caveira.)

23 - Ofereceram-Lhe vinho misturado com ervas amargas, porém Ele o recusou.

24 - Então O crucificaram - e jogaram dados para ver que roupa dEle levaria cada um.

25 - Eram cerca de nove horas da manhã quando O crucificaram.

26 - Pregaram uma tabuleta na cruz por cima da sua cabeça, anunciando a acusação contra ele. Dizia assim: "O Rei dos Judeus".

27 - Dois assaltantes foram crucificados com Jesus e suas cruzes ficavam uma à sua esquerda e outra à sua direita.

28 - E gritando assim cumpriu-se a Escritura que dizia: "Ele foi contado entre os homens maus".

29, 30 - O povo que passava caçoava dEle, e balançava a cabeça, dizendo: "Você pode destruir o templo e reconstruí-lo em três dias; salve-Se a Si mesmo e desça da cruz".

31 - Os sacerdotes principais e os líderes religiosos também zombavam de Jesus: "Ele é muito esperto para 'salvar' os outros, mas não pode salvar-Se a Si mes­mo!"

32 - E gritavam em coro: "Seu Messias! Seu Rei de Israel! Desça da cruz e nós creremos em Você!! Até os dois assaltantes que estavam morrendo com Ele zombavam dEle.

33 - Cerca do meio-dia, caiu a escuridão sobre a terra inteira; e durou até às três daquela tarde.

34 - Então Jesus clamou com grande voz: "Eloi, Eloi, lamá sabctãni?" ("Meu Deus, Meu Deus por que Me abando­nou?")

35 - Algumas das pessoas que estavam ali pensaram que Ele estava chamando o profeta Elias.

36 - Então um homem correu, apanhou uma esponja, encheu-a de vinagre e a suspendeu até Ele numa vara. "Vamos ver se Elias virá descê-lo!" disse ele.

37 - Então Jesus soltou outro forte grito e entregou o espírito.

38 - E o véu do templo rasgou-se em dois, de cima até embaixo.

39 - Quando o oficial romano que estava ao lado da cruz de Jesus viu como Ele entregou o espírito, exclamou: "Verdadeiramente, este era o Filho de Deus!"

40 - Estavam ali algumas mulheres olhando à distância - Maria Madalena, Maria mãe de Tiago, o mais moço, e de José), Salomé e outras.

41 - Elas, e muitas outras mulheres da Galiléia, que eram seguidoras de Jesus, O haviam assistido, prestando-Lhe serviços quando Ele estava na Galiléia e tinham vindo com Ele para Jerusalém.

42, 43 - Tudo isto aconteceu no dia antes do sábado. No fim daquela tarde, José de Arimatéia, um membro do Supremo Tribunal judaico muito respeitado (que pessoalmente estava aguardando com ansiedade a chegada do Reino de Deus), tomou coragem e foi a Pilatos pedir o corpo de Jesus.

44 - Pilatos não podia acreditar que Jesus já havia morrido e por isso chamou o oficial romano encarregado e lhe perguntou.

45 - O oficial confirmou o fato, e Pilatos disse a José que ele podia levar o corpo.

46 - José comprou uma longa peça de pa­no de linho, desceu da cruz o corpo de Jesus, envolveu-o no pano e colocou num túmulo aberto na rocha, rolando uma pedra para fechar a entrada.

47 (Maria Madalena e Maria, mãe de Jesus, estavam observando enquanto Ele era colocado ali, )

 


Capítulo 16

1, 2 - NA TARDE do outro dia, passado o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria mãe de Tiago, foram comprar perfumes para embalsamar o corpo de Jesus. Levaram-nos ao túmulo na manhã seguinte bem cedo, logo ao nascer do sol.

3 - No caminho elas iam discutindo como poderiam rolar para o lado a enorme pedra da entrada.

4 - Mas quando chegaram, levantaram os olhos e viram que a pedra - uma pedra muito pesada - já havia sido tirada e a entrada estava aberta!

5 Então elas entraram no túmulo - e ali estava sentado à direita um moço vestido de branco. As mulheres ficaram assustadas,

6 - mas o anjo disse: "Não fiquem com medo. Vocês não estão procurando Jesus, o nazareno que foi crucifica­do? Ele não está aqui! Voltou a viver! Ve­jam o lugar onde estava seu corpo.

7 - Agora vão e dêem este recado aos seus discípulos, incluindo Pedro: 'Jesus vai adiante de vocês para a Galiléia. Vocês O verão ali, tal como Ele lhes disse antes de morrer.'"

8 As mulheres fugiram do túmulo, amedrontadas e assustadas: por causa do medo, não disseram nada a ninguém.

9 - Era domingo de manhã quando Jesus ressuscitou, e a primeira pessoa que O viu foi Maria Madalena - a mulher de quem Ele havia expulsado sete demônios.

10, 11 - Ela encontrou os discípulos com os olhos cheios de lágrimas; então exclamou que tinha visto Jesus, e que Ele estava vivo! Porém eles não acreditaram.

12 - Depois Ele apareceu a dois homens que iam andando de Jerusalém para o campo, porém eles a principio não O reconheceram, porque havia mudado a sua aparência.

13 - Quando finalmente eles perceberam quem Ele era, voltaram correndo a Jerusalém para contar aos outros, mas também não acreditaram neles.

14 - Ainda mais tarde Ele apareceu aos onze discípulos quando estavam comendo juntos. Ele os censurou por causa da sua incredulidade - a sua falta de confiança em acreditar naqueles que O haviam visto ressuscitado.

15 - Então disse-lhes: "Vão ao mundo inteiro e preguem a Boa Nova a todo mundo, em toda parte.

16 - Aqueles que crerem e forem batizados serão salvos. Porém aqueles que se recusarem a crer serão condenados.

17 - E aqueles que crerem utilizarão minha autoridade para expulsar demônios, e falarão novas línguas.

18 - Poderão até pegar em serpentes com toda a segurança, e se beberem alguma coisa venenosa, não lhes fará mal; poderão pôr as mãos sobre doentes e curá-los".

19 Quando o Senhor Jesus acabou de falar com eles, foi levado para o céu e sentou-Se à direita de Deus.

20 E os discípulos foram a toda parte pregando, e o Senhor estava com eles e confirmava o que eles diziam por meio dos milagres que seguiam suas mensagens.