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O FAMOSO "VASO PORTLAND"
O FAMOSO "VASO PORTLAND"

 

Em Londres, em uma sala especial do British Museum, pode-se admirar uma peça única: um vaso muito precioso, é o famoso "Vaso Portland".

É um vaso romano, feito provavelmente no primeiro século d.C., através da técnica do camafeu de vidro. O vidro que compõe o corpo do vaso é de um azul cobalto tão intenso, que ganha uma opacidade quase negra.

As figuras são de vidro branco, que é soprado num molde junto com o vidro de cobalto. Depois que o vidro esfria, ele é lapidado para a obtenção das figuras. É isso que dá o relevo das formas, e algum sombreado por transparência nos corpos.

O "Vaso Portland" pertenceu aos duques de Portland, entre 1785 a 1945.

Em 1810, o vaso foi deixado em comodato pelo Quarto Duque de Portland para o Museu Britânico.

Em 1845 aconteceu o pior: um visitante (consta que bêbado) quebrou o vaso, usando outra peça do museu para bater nele.

O vaso reduziu-se a 200 cacos e levou 10 anos para ser restaurado. Porém 37 fragmentos do vaso ficaram perdidos por 100 anos.

Em 1945, o Museu Britânico comprou o vaso do Sétimo Duque de Portland, e os fragmentos perdidos foram encontrados.

Em 1987, por ocasião de uma exposição no Museu, os restauradores observaram que a colagem do vaso já estava fraca e começou o processo para uma nova restauração.

O vaso foi extensivamente fotografado, para que a posição dos fragmentos fosse registrada. A BBC filmou todo o processo. Os técnicos fizeram testes com uma série de adesivos, na busca por alguma solução que tivesse longa duração.

Colar o vaso foi extremamente difícil, pois muitos dos fragmentos tinham caído já na primeira restauração. Algumas áreas onde ficaram vãos foram preenchidas por resina azul ou, quando ocorreram nas figuras, resina branca.

O Vaso Portland é um dos tesouros do Museu Britânico e pode ser visto em exposição permanente. Quem não conhece a história, nunca poderia imaginar que esse magnífico objeto já foi um monte de cacos.

As uniões são praticamente invisíveis ao simples olhar. Uma placa relata o ocorrido e, ao lê-la, muitas pessoas ficam totalmente surpresas.

Fonte: britishmuseum.org

 

PARA REFLETIR

 

Somente quem já passou pelo processo da restauração consegue entender o quanto tempo dura essa colagem.

Eu e você somos esse vaso precioso, um tesouro incalculável, pois somos como vasos nas mãos do oleiro “que é Deus”.

Os vãos tristes da vida, marcados pelo tempo, Deus pode restaurar e preencher esses espaços destruídos, pois tem todo o poder e capacidade para unir os cacos fragmentados pela dor e tempestades da vida.

Ele tem habilidades tão grandes em restaurar com perfeição qualquer tipo de vaso quebrado, não importa em quantos pedaços esteja ou até mesmo se já está em farelos, ele lapidada para a obtenção de uma nova história.

E mesmo que esses pedaços com o tempo tenham sido perdidos, a Deus pertence o impossível e o que parecia não ter concerto, o torna em vaso novo, irreconhecível, agradável, joia rara, porque é especialista nisso.

Ele deseja que as partes da sua vida que foram quebradas um dia, tenham uma nova história, transformada e com poder para se tornar exemplo e influenciar as gerações futura.

 

Ivone Almeida Santos

 


 

Uma vez começadas, as coisas não devem ser esquecidas nem deixadas antes de serem acabadas, pois é sinal de pouca prudência começar muitos atos e não acabar nenhum!”

(Mateo Alemán)